As Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apaes) completam 56 anos de funcionamento em todo o País, hoje. São tantos anos de atendimento a quem mais precisa, porém, nem tudo são flores: por mais que os governos estejam se dando conta da importância dessas instituições e realizando alguns convênios para auxiliar, ainda falta muito o que fazer para que as pessoas especiais, que têm atendimento gratuito nestes locais, sejam prioridade.
Falta de professores, de transporte adequado e adaptado e uma grande burocracia para liberação de verbas ainda emperram o desenvolvimento dessas instituições, segundo opinião do presidente da Federação das Apaes do Paraná, José Turozi.
Ele explica que para a liberação de dinheiro para construir uma nova sede, por exemplo (ou para fazer uma ampliação), a prefeitura não pode repassar o dinheiro diretamente para a instituição.
A Apae é que tem que doar o terreno que tiver, em comodato, para só então a prefeitura receber o valor e, depois, repassá-lo. “Isso poderia ser mais facilitado”, observa Turozi.
Aliás, construir novas escolas também é necessário para evitar o deslocamento de alunos, o que é muito comum hoje: muitos estudantes de Colombo e Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba, por exemplo, se deslocam todos os dias para a capital por causa da estrutura, que é melhor.
Isso significa mais gastos para a instituição e desgaste para os estudantes. Há cidades, como Campo Largo, que nem contam com uma Apae. No que se refere aos professores, Turozi diz que o maior problema é a dificuldade financeira para contratação.