Apaes festejam Semana do Excecpional

O censo 2000, realizado pelo IBGE, mostra que 14% da população brasileira, o que corresponde a 24 milhões de pessoas, são portadores de algum tipo de deficiência física ou mental. Destas, 1,3 milhão de pessoas estão no Paraná. Os números foram divulgados pela Federação da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apaes), que promove, até o próximo dia 28, a Semana Nacional do Excepcional.

Uma série de atividades, como palestras, passeios, gincanas e apresentações de cinema e teatro, está sendo promovida em diversas instituições de educação especial do País, envolvendo deficientes, família e comunidade em geral, para conscientizar a população sobre os direitos sociais dos excepcionais. No Paraná, existem cerca de trezentas instituições filiadas à Federação, sendo cerca de 60 na capital.

Segundo a coordenadora da Federação, Marli Rosa Müller, ainda existe uma série de preconceitos que giram em torno das pessoas excepcionais. O principal deles diz respeito ao mercado de trabalho: o empresariado brasileiro parece ainda não ter se conscientizado que os portadores de necessidades especiais têm uma série de qualidades e capacidades. “Os excepcionais são capazes de muitas coisas: são bastante sensíveis e dotados de capacidades artísticas”, garante. “Infelizmente, ainda têm muitas dificuldades para encontrar trabalho.” A legislação brasileira determina que uma pessoa excepcional não pode ter remuneração inferior, mas ainda não há dados que comprovem o cumprimento desse dispositivo.

A Federação luta pela inclusão social do excepcional. A partir do momento que nasce, a criança portadora de necessidade especial tem direito de ser encaminhada a um processo de educação precoce, capaz de resgatar boa parte de seu desenvolvimento global. “No Brasil, a maior parte das escolas comuns infelizmente ainda não está preparada para receber o excepcional, embora haja um grande esforço por parte do Ministério da Educação (MEC).” Há várias instituições especiais capazes de atender necessidades específicas, evitando que os excepcionais não tenham acesso à educação.

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