Antidrogas pode se tornar secretaria permanente

O secretário especial Antidrogas de Curitiba, Fernando Francischini, encaminhou ontem à Câmara de Vereadores projeto de lei pedindo a transformação da recém-criada secretaria especial em secretaria municipal, a fim de adquirir autonomia orçamentária e de pessoal para execução dos projetos de combate ao tráfico.

O secretário também encaminhou aos vereadores mensagem do prefeito solicitando suplementação orçamentária de R$ 1,2 milhão à pasta. Ambos os projetos devem ser votados em regime de urgência e receberão remanejamento de verbas de outras secretarias.

Francischini apresentou à Casa as ações que pretende executar à frente da secretaria – 90% dos trabalhos da pasta serão centrados na prevenção dos crimes, por meio da intervenção no tráfico de drogas. ?Estudamos as realidades do Rio de Janeiro, São Paulo e da região metropolitana de Brasília e constatamos que entre 60% e 70% dos homicídios estão relacionados ao tráfico?, disse.

Para pôr em prática os projetos, porém, o secretário pleiteia que a secretaria seja autônoma. ?Precisamos, além da superintendência, de pelo menos mais três diretorias a fim de gerir os projetos em que vamos trabalhar?, afirmou. Além disso, Francischini também afirma que os recursos solicitados são primordiais para pôr em prática as ações. ?Essa suplementação deve se somar aos R$ 235 mil de que já dispomos por meio do Fundo Antidrogas, alcançando um orçamento de quase R$ 1,5 milhão?, calcula.

Ações

A Secretaria Antidrogas será dividida em três departamentos. Um deles é o de prevenção e reinserção social, que treinará três mil pessoas para trabalhar em uma rede de proteção contra o tráfico. O departamento também terá um projeto que promoverá reinserção de adolescentes envolvidos com o crime para evitar a reincidência, que acomete 90% dos jovens infratores no País. Haverá convênios com empresas para empregabilidade dos adolescentes.

O segundo departamento será o de projetos especiais, como o ?Esporte à meia-noite?, que resultou na diminuição de 25% dos homicídios em Ceilândia, região de Brasília. E o terceiro, o de relações institucionais, que terá ligação direta com as áreas de inteligência das polícias. ?Vamos implantar um software da prefeitura que funcionará como o disque-denúncia?, explica. A pasta ainda trabalhará outro projeto, o Canil Municipal, que treinará cães labradores para revista de crianças e adolescentes em escolas. ?O objetivo é evitar o constrangimento de ter um policial revistando-os?, afirma. 

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