A instalação de antenas de telefonia celular muitas vezes gera polêmica dentro de determinadas comunidades. É comum ver pessoas que vivem em residências vizinhas a torres de celular reclamando das estruturas. Normalmente, elas temem que a radiação emitida pelos equipamentos possa lhes causar algum mal à saúde ou à de seus familiares.
Ontem, o assunto foi tema de discussões em um evento realizado pela Associação Nacional das Operadoras Celulares (Acel), em Curitiba. Os especialistas convidados para participar do evento foram categóricos em afirmar que os supostos riscos gerados pelas antenas não passam de mitos, frutos do desconhecimento das pessoas em relação a questões técnicas que envolvem a instalação de torres de telefonia. ?Atualmente, existem cerca de 106 milhões de telefones celular no Brasil. Mais de 50% da população do País utiliza o equipamento. As antenas de telefonia operam com limite de potência abaixo do limite de segurança estabelecido pela Comissão Internacional de Radiação Não Ionizante. Por isso, não representam riscos para as pessoas que vivem nos locais onde estão instaladas?, disse o assessor de meio ambiente da Acel, Ricardo Mascarenhas Diniz.
Segundo o especialista em neurofisiologia de comportamento e diretor do Núcleo de Informática Biomédica da Unicamp, Renato Sabbatini, existem cerca de 3 mil trabalhos relativos a antenas de telefonia publicados por cientistas de diversos países do mundo. Nenhum deles afirma que morar perto de torres de celular é prejudicial à saúde.
