Todos os anos, milhares de pessoas anônimas fazem a alegria das crianças carentes no Natal. Muitos levam pessoalmente os donativos e presentes, mas outros apenas conhecem o perfil de quem foi beneficiado.
Um diagramador de O Estado, que prefere ser chamado de "Papai Noel Fora da Estrada", começou a visitar comunidades que vivem isoladas dos grandes centros urbanos em 1992. Antes, ele fazia doações a creches, mas como os pedidos começaram a ficar constantes, resolveu ajudar outras pessoas. "Eu fazia trilhas com um jipe e passava por lugares isolados. Foi quando identifiquei pessoas que precisavam de ajuda ou alegria", conta. A primeira vez foi em uma Páscoa. Agora, a visita é regular, na Páscoa, Natal e Dia das Crianças, sempre em zonas rurais de Almirante Tamandaré e Colombo.
As doações, tanto em brinquedos, roupas ou dinheiro, são conseguidas com amigos. Em média, são atendidas 200 crianças, além das suas famílias. O diagramador conta que elegeu essas comunidades para ajudar porque elas estão distantes de tudo e, se ninguém colaborar, nem comemoram o Natal. Ele lembra que nos primeiros anos as crianças nem chegavam perto dos carros para pegar os donativos, mas hoje já formam filas para buscar os presentes. "A felicidade deles é o meu presente". Amanhã, o Papai Noel Fora da Estrada fará a entrega dos donativos com o apoio de outros sete amigos.
