O ano letivo de 2013 pode começar com greve dos professores da rede estadual de ensino. A decisão será tomada no dia 15 de dezembro, data da próxima assembleia do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato) para discutir a pauta de reivindicações. No dia 13 de novembro, a categoria se reúne novamente com o secretário estadual da Educação, Flávio Arns. “Não está difícil conversar com o governo, o que está complicado é eles levarem adiante as decisões”, reclama a presidente da APP-Sindicato, Marlei Fernandes de Carvalho.
Na reunião de ontem com Arns, a APP colocou sete itens em debate, mas não conseguiu muitos avanços. Uma das principais discussões é sobre a matriz curricular unificada. A justificativa da secretaria é que o Estado trabalha mais de 2.100 matrizes hoje e a unificação vai melhorar a qualidade do ensino. Professores alegam que a proposta vai prejudicar a educação no Paraná.
“Não adianta aumentar o número de aulas de matemática e português e reduzir os horários das aulas de humanas, porque não vamos fazer as pessoas terem senso crítico. A educação precisa ser toda revista. Hoje aluno não estuda porque sabe que não fica retido na série”, sugere a professora de sociologia Eliana Maria dos Santos. A secretaria tem feito reuniões virtuais para discutir o tema, o que desagrada o sindicato. “Acabamos de fazer um bate-papo pela internet e estamos recebendo contribuições de diversos setores. Todas as contribuições serão analisadas e incorporadas em uma nova proposta para discussão”, explica Arns, sinalizando que ainda podem haver alterações.
Os trabalhadores em educação pedem ainda que a secretaria encaminhe com urgência à Assembleia Legislativa o plano de carreira da categoria e solicitam aumento de 8,59% de aumento a funcionários das escolas, enquanto o governo ofereceu 3,8% por classe no plano de carreira.
