Anestesiologista trabalha há 52 anos na Santa Casa

Tendo iniciado atividades no Serviço de Anestesia, em 1951, o médico Ney Regattieri do Nascimento passou a maior parte de sua vida dentro da Santa Casa de Misericórdia de Curitiba. ?O que diferencia o nosso hospital é o corpo clínico, a qualidade dos serviços e a estrutura implantada ao longo dos anos?, relacionou o professor. De 1972 até o ano passado, o médico Ney Regattieri foi responsável pelo Centro de Ensino e Treinamento em Anestesiologia.
 
?Estimo por demais este hospital, que prima pela prática da caridade, principalmente para indigentes. Apesar das dificuldades financeiras, nunca se entregou e nem deixou de progredir. Há muito tempo, domina técnicas e apresenta padrões de qualidade iguais aos do primeiro mundo?, sublinhou o médico. Recentemente, Ney Regattieri foi homenageado pela Sociedade Paranaense de Anestesiologia.
A Santa Casa sempre foi o hospital-escola da então Universidade do Paraná (atual UFPR), desde o início de suas atividades. Os professores ali exerciam medicina e ensinavam aos alunos. ?O ano de 1944 transcorria normalmente para os alunos, entre eles eu, do terceiro ano de Medicina da Universidade do Paraná. Ao seu término, nova fase teria início: a transição do ensino básico e teórico para a parte prática. Seria o contato com os doentes, a execução de exames físicos, a interpretação de sinais e sintomas, a indicação e a prescrição de terapêuticas clínicas e cirúrgicas. Para isso, era indispensável a presença em hospitais?, historiou o médico.
Nessa época, iniciava-se nova fase na prática das intervenções cirúrgicas. Gradativamente, os procedimentos cirúrgicos evoluíram, tornando-se intervenções mais complexas. Para tanto, o professor Mário Braga de Abreu, titular da primeira cadeira de Clínica Cirúrgica, indicou um componente do seu serviço, o médico Heinz Rücker, para estagiar no Serviço de Anestesiologia do Hospital das Clínicas de São Paulo. No ano de 1945, os alunos do quarto ano de Medicina já contaram com aulas teóricas e práticas de anestesia. Estava em andamento a transição. As técnicas anestésicas até então em uso consistiam, para a anestesia geral, do emprego das máscaras de Schimelbusch e de Ombredane. A anestesia gasosa, então posta em prática, oferecia condições de segurança aos doentes e propiciava aos cirurgiões melhor qualidade com relação à analgesia e ao relaxamento muscular. Em decorrência disso, houve maior interesse pela anestesia.

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