São Paulo – Mais uma vez, o resultado da análise em laboratório para encontrar o parasita Diphyllobothrium spp nos peixes consumidos na cidade de São Paulo deu negativo. Desde dia 11 do mês passado, técnicos da Coordenadoria de Vigilância em Saúde, ligada à Prefeitura de São Paulo, vêm recolhendo amostras de vários tipos de peixe em empresas de importação e distribuição. Apesar de as mais fortes suspeitas recaírem sobre o salmão, os técnicos estão analisando amostras de tilápia, atum, robalo, dourado, além do próprio salmão.
?Estamos fazendo monitoramento muito sério?, diz Inês Romano, gerente de Qualidade de Produtos da Vigilância Municipal, uma das responsáveis pelo trabalho. ?Apesar de divulgarmos semanalmente os resultados, acredito que apenas daqui a um ou dois meses possamos ter material suficiente para dar o veredito definitivo sobre a qualidade do peixe cru consumido em São Paulo.?
Neste ano, pelo menos 28 pessoas foram contaminadas com o parasita Diphyllobothrium spp por consumir peixe cru. Também foram registrados casos no Rio e em Belo Horizonte. O Diphyllobothrium é causador de doença chamada difilobotríase, uma infecção intestinal. O parasita se instala na musculatura e nervos do peixe, transmitindo a doença para o homem quando ingere a carne contaminada. Apenas peixe cru ou mal cozido pode transmitir a difilobotríase. Ou seja, com a carne bem cozida não há o menor risco.