A batalha da promotora de eventos Leli Lourenço Córdova, 48 anos, para conseguir do SUS um medicamento de R$ 8.500 para tratamento de câncer continua. Enquanto não sai decisão da Justiça (o juiz deve marcar hoje a data da perícia), Leli vai se virando com a ajuda dos amigos. Uma destas ajudas está vindo na forma de baile beneficente, organizado pelas bandas com quem ela trabalhou antes do afastamento médico.
O baile será em 23 de junho, no Adelsom Clube Show (Rua Izaac Ferreira da Cruz, 3.900 – Sítio Cercado). Bandas do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul devem se apresentar e abrir mão do lucro em prol da Leli. O ingresso antecipado custa R$ 10 e, na hora, R$ 15. Informações no Adelsom (3039-5454) ou com a Leli (9519-7764 / lelilourenco@yahoo .com.br).
Depósitos
Para receber doações a promotora abriu a conta-poupança 00118844-4, agência 0998, operação 013, Caixa Econômica Federal, em nome de Leli Lourenço de Farias Pacheco. Há duas semanas ela conseguiu comprar uma caixa do cloridrato de erlotinibe 250 mg (Tarceva), dando entrada e seis parcelas superiores a R$ 1 mil. Ela estava há 15 dias sem tomar o medicamento e começava a se sentir mal.
Apesar da cirurgia, da quimioterapia e da radioterapia, o câncer de Leli (adenocarcinoma de pulmão) gerou metástases e não tem mais cura, apenas controle com o medicamento. Há outro remédio similar chamado Iressa, mas que Leli nunca conseguiu encontrar para comprar no Brasil.
Processo judicial
Leli Córdova entrou com processo na Justiça Federal para conseguir o medicamento. A expectativa do advogado dela, Paulo Bulotas, é que hoje o juiz marque a data da perícia na paciente, para verificar se o medicamento é o mais adequado para o caso da promotora de eventos.
A Tribuna solicitou posicionamento ao Ministério da Saúde, que informou que cloridrato de erlotinibe parece ser o mais indicado ao caso dela. Também afirmou que o medicamento foi incorporado ao SUS em novembro de 2013 e é fornecido gratuitamente, desde que sejam cumpridos alguns passos formais para o pedido, via Secretaria Estadual de Saúde. No entanto, não falou especificamente sobre o processo da paciente, já que o caso ainda está em tramitação na Justiça Federal.