Ameaça do racionamento volta a rondar Grande Curitiba

Apesar de o racionamento de água estar suspenso desde o dia 16 de setembro, a Sanepar acendeu o sinal de alerta e não descarta a possibilidade de retorno do rodízio, caso as chuvas previstas para o mês de novembro não sejam significativas. A questão é que em outubro o volume de precipitação registrado ficou abaixo da média histórica em Curitiba, choveu 50 milímetros (mm), contra a média de 130 mm. Com menos chuvas que o normal e a chegada do calor, que resulta em um aumento natural do consumo de água, a Sanepar volta a reforçar a campanha de economia de água.

?Usar a água racionalmente é algo que deve ser feito sempre, mesmo com o rodízio temporariamente suspenso?, reforça o gerente de produção da Sanepar, Paulo Raffo. Ele ressalta que foi justamente em outubro do ano passado que começou a se desenhar o problema de estiagem que resultou na implantação do rodízio, no início de agosto. ?Não chover no inverno é normal. O problema foi que em outubro, novembro e dezembro de 2005 choveu menos que o habitual?.

Mesmo que novembro já tenha começado com um bom volume de precipitação entre a noite de terça-feira e a manhã de ontem – choveu 20 mm em Piraquara – a precaução é a palavra de ordem. ?As barragens do Iraí e Piraquara somadas têm hoje 38%, um pouco a mais do que quando suspendemos o rodízio. A situação ainda é séria.? Na medição da Sanepar, ontem Piraquara estava a 5,92 m abaixo do nível e Iraí a 3,41 m.

Para o feriado, a previsão do tempo aponta para mais chuvas, porém irregulares e intermitentes. Segundo o meteorologista do Instituto Tecnológico Simepar, Samuel Braun, em Curitiba choveu 15 mm de terça para ontem. ?A tendência é a manutenção de áreas de instabilidade, mas não fazemos previsão de quantidade de chuva. Porém pelo que choveu nos últimos dias, podemos esperar um volume razoável.?

Na segunda-feira, após a medição do nível das barragens, a Sanepar deve começar a analisar a necessidade de retorno ao rodízio. Se chover em boa quantidade, o abastecimento na semana que vem está assegurado. Mas se as previsões não se confirmarem, o racionamento pode voltar. Por isso, desde já é necessário manter medidas de economia. Prevenir é sempre melhor do que remediar.

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