Os servidores técnico-administrativos da Universidade Federal do Paraná (UFPR) encerraram ontem o segundo dia de paralisação de alerta para cumprimento dos acordos de reposição salarial firmados com o governo federal.
No entanto, a mobilização termina sem a certeza de que os aumentos prometidos para maio serão cumpridos. A categoria ameaça deflagrar greve a partir de abril caso não haja acordo.
Ontem, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau Público de Curitiba, Região Metropolitana e Litoral (Sinditest), Wilson Messias, realizou uma palestra no Hospital de Clínicas (HC) para conscientizar a categoria sobre o risco de greve e a respeito do plano de carreira dos servidores. O sindicalista afirma que 130 servidores (sendo 70 do HC e o restante da universidade) participaram da palestra. Número, este, que não teria prejudicado o funcionamento de nenhum setor, segundo ele. Messias garante que a Federação de Sindicatos de Trabalhadores das Universidades Brasileiras (Fasubra), que determinou a paralisação, continuará a negociar junto ao governo para tentar garantir os aumentos. ?O governo afirma ter vontade de pagar, mas alega não ter dinheiro. Já a federação determina que, se não houver o cumprimento do acordo, vai haver greve em abril. Tudo vai depender agora da continuidade das negociações, que se prolongarão ao longo do mês de março.?
Ontem, a direção do HC informou que apenas uma cirurgia foi cancelada pela manhã e foi constatada falta de seis servidores, sendo quatro do centro cirúrgico, uma do setor de cirurgia do aparelho digestivo e uma do serviço de emergência. À tarde, nenhum serviço foi afetado, segundo informou a assessoria do hospital. Na UFPR, também não houve prejuízo das atividades.