Cinqüenta alunos de duas escolas da rede pública de Curitiba, passaram o dia de ontem reunidos em uma chácara, trocando experiências sobre ações para divulgar a cultura da não-violência.
Eles fazem parte do Tribos da Paz, um projeto que visa envolver jovens líderes nos ideais da não-violência. O projeto faz parte do programa da Associação Projeto Não Violência, organização que promove ações de caráter educativo e preventivo em escolas da rede pública desde 2000. No encontro, as crianças apresentaram os trabalhos que vêm desenvolvendo em suas escolas.
Os alunos do Colégio Estadual Maria Pereira Martins, localizado no Barreirinha, decidiram trabalhar com o esporte. Nas suas atividades as crianças aprendem a usar o esporte não só como brincadeira ou competição, mas também como objetivos cooperativos. "Esses jovens têm muito potencial, muita energia. O que a gente tenta fazer é canalizar essa energia para atitudes positivas", explica o professor Marco Alan Viana.
Para o professor, a missão do projeto é tornar a criança apta a influenciar as pessoas sobre a cultura da não violência. "Eu aprendi que a agressividade está dentro de todos nós, mas eu posso usar isso para fazer coisas boas" revela Wesley Tenorio, aluno da 6.ª série.
Já no Colégio Municipal Pilar Maturna, do Bairro Alto, a atividade escolhida foi o teatro. Com oficinas semanais, as crianças vêm trabalhando temas como a paz, o respeito, a tolerância, a cooperação e a equidade. "Quero ajudar a melhorar a vida da minha comunidade e resolver o problema da violência na minha escola, por isso entrei no projeto", revela a aluna Bruna Cristina Falavinha, da 6.ª série.
A psicóloga Adriana Titon, coordenadora do projeto, comenta que muitos jovens já têm essa idéia de promover a paz. O que o projeto oferece é o apoio de pessoas que pensam como eles e que podem orientá-los sobre a melhor forma de difundí-las. "A escola e a família são espaços privilegiados onde jovens e adultos podem desenvolver essas competências e influenciar, em sua maneira de agir, o grupo de pessoas que os cerca a serem construtoras da paz", explica.
