Alunos da Uniandrade protocolam intervenção

Com medo de que os alunos percam anos de estudo, o Centro Acadêmico de Direito do Centro Universitário Campos de Andrade (Uniandrade), ajuizou ontem uma intervenção de terceiros na ação movida pela Ordem dos Advogados do Brasil que pede o fechamento da faculdade de Direito da instituição. Entrando na ação, os acadêmicos pretendem garantir o direito de se formarem sem precisar se transferirem e terem o diploma reconhecido pelo Ministério de Educação (MEC) caso o centro universitário perca na Justiça.

"Os estudantes estão no meio dessa batalha judicial entre a Uniandrade e a OAB, mas não queremos tomar partido de ninguém. Queremos apenas garantir nosso direito de ter um diploma", afirma Josias Soares Silva, presidente do Centro Acadêmico, que está representando na Justiça os 800 alunos que continuam na faculdade. "Entrando na ação, fazemos com que o juiz se lembre dos alunos na hora de dar a sentença", afirma Silva.

O advogado responsável pela ação da OAB, Paulo Henrique da Rocha Loures Demchuck, afirma que em nenhum momento a Ordem pretendeu prejudicar os alunos. "Caso a Uniandrade tenha que fechar o curso, esses alunos obrigatoriamente devem ser transferidos para outras instituições", explica. "Acredito ser muito difícil esses alunos garantirem o diploma de outra forma", opina.

O Departamento Jurídico da Uniandrade disse ter recebido a notícia com grande surpresa, mas que a instituição só se manifestará a respeito quando for notificada pela Justiça.

A Uniandrade está impedida de realizar vestibular para Direito desde 2002. Na época, o MEC havia dado autorização para a instituição abrir apenas 100 vagas. A instituição abriu 700, argumentando ter autonomia para ampliar o número. A OAB então, entrou com uma ação pedindo o fechamento do curso. (Diogo Dreyer)

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