Os alunos da Universidade Federal do Paraná (UFPR) voltaram ontem às aulas após as férias de julho, e encontraram diversos serviços paralisados, conseqüência da greve dos servidores técnico-administrativos da instituição, em greve desde o dia 28 de maio.
De acordo com a assessoria de imprensa da universidade, o principal transtorno para os estudantes dos campi foi o fechamento dos restaurantes universitários.
O RU da Reitoria será hoje local da assembléia geral promovida pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau Público de Curitiba e Litoral (Sinditest). Na pauta estão a avaliação do andamento das negociações nacionais e o encaminhamento à diretoria da UFPR de uma declaração pedindo a renúncia do diretor geral do Hospital de Clínicas (HC), Giovani Loddo.
Segundo o presidente do Sinditest, José Carlos Belotto, o pedido se deve à recusa de Loddo de receber, na semana passada, um pedido de afrouxamento do processo administrativo que sofrem alguns servidores do HC por sua participação na greve. O pedido foi decidida na última assembléia, que ocorreu dentro do HC na quinta passada.
A reportagem de O Estado procurou o reitor Carlos Augusto Moreira Junior e o diretor do HC para comentarem o pedido, mas não os encontrou.
Impasse
Na assembléia de hoje também será discutido o impasse nas negociações entre Federação de Sindicatos de Trabalhadores de Universidades Brasileiras (Fasubra) e o governo federal. Segundo Belotto, a última reunião, realizada na quinta-feira, não demonstrou muitos avanços.
Outro encontro acontecerá na próxima quarta ou quinta-feira. Ainda esta semana, o comando nacional de greve deve se reunir com o ministro da Educação, Fernando Haddad, para reforçar a pauta e reafirmar o convite ao ministro para participar de debate sobre os hospitais universitários.