Neste período do ano é comum aumentarem os casos de hepatite A, uma doença viral que afeta o fígado. Por ser contraída por infecção fecal-oral, principalmente pelo consumo de alimentos mal lavados e água contaminada, a patologia é bastante comum em crianças menores de 10 anos. Para prevenir a doença, além de manter bons hábitos de higiene, também é indicada a vacinação.
No Paraná, em 2004, foram registrados cerca de 1,5 mil casos de hepatite A. Apesar de ser uma doença de notificação obrigatória, a chefe do departamento de doenças imunopreveníveis da Secretaria de Estado da Saúde, Mirian Woiski, acredita que esses números podem ser maiores devido à subnotificação. Por isso ela lembra que é importante cuidar dos hábitos de higiene e ficar atento aos sintomas da doença.
O médico infectologista Jaime Luis Lopes Rocha ressalta que, entre os sintomas, estão: mal-estar geral, náusea, vômito, febre, perda de apetite, fezes mais claras e um amarelão no corpo e nos olhos. Ele destaca que em cerca de 1% dos casos a hepatite A pode se agravar, obrigando o paciente a um transplante ou levar ao óbito. Rocha alerta que os cuidados devem ser redobrados para quem vai para o litoral, ?pois nem sempre contamos com as condições de higiene ideais, e é aí que a incidência do vírus cresce?.
Para garantir uma eficiência na prevenção, o médico orienta que a população procure se imunizar contra a doença. Para quem vai para a praia, ele recomenda que tome a vacina no mínimo duas semanas antes de viajar. A aplicação é indicada a partir dos dois anos de idade, sendo administrada em duas doses – o intervalo deve ser de seis meses a um ano. Com a segunda dose, a pessoa adquire a imunidade definitiva.
O único inconveniente da vacina é que ela só é encontrada na rede privada de saúde. O custo médio de é R$ 60 cada dose. A vacina contra hepatite A só é disponibilizada no sistema público de saúde para pacientes especiais, que são portadores de doenças crônicas do fígado, como cirrose.
