Atualmente, por mês, menos de cem automóveis em todo Paraná investem na adaptação do veículo para receber o gás. Os postos de combustíveis também percebem a curva decrescente do interesse pelo GNV. O Posto Tartarugas, segundo da capital a ofertar o GNV, viu a procura encolher. “No início da década, chegamos a comercializar 170 mil metros cúbicos por mês e, agora, não chega a 60 mil metros cúbicos. A falta de vontade política e os reajustes no preço por conta da tarifa de energia elétrica e do aumento do ICMS fez o GNV perder o gás”, avalia o auxiliar administrativo do posto, Augusto Fagundes, que tem um fusca no GNV.

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O metro cúbico, que iniciou 2015 com valor médio de R$ 1,80, saltou para R$ 2,30 em menos de cinco meses e, naturalmente, quem fez a conversão se sentiu lesado pelas sucessivas altas. “Ainda nos bairros é possível encontrar o GNV em um patamar de R$ 2, mas na região central o preço parece combinado, com a maioria dos postos comercializando na base de R$ 2,30”, acusa o taxista Pedro Nilceu, 66 anos.

Dificuldade

Ele teme que daqui a um tempo deixe de compensar o gás. “Hoje, com R$ 30 eu faço 150 quilômetros, mas se continuar subindo, todo o investimento que fiz na adaptação e nas taxas para o Detran irão por água baixo”. O taxista e diretor do Sindicato dos Taxistas do Paraná (Sinditaxi), Flávio Rossi, 37 anos, também observa o mesmo comportamentos nos preços do GNV. “O sindicato ainda não fez qualquer reclamação formal, mas todos os profissionais que fizeram a conversão estão se sentindo prejudicados”, afirma.

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