Há exatamente um mês, o empresário paranaense Marcos Luszczynski deixou o último sinal de vida em um trecho da montanha Montblanc, na França. Aproveitando-se do fato de estar na Europa devido à uma feira de equipamentos de segurança na Alemanha, ele decidiu escalar o reduto de alpinistas. Um bilhete falando da beleza do local, encontrado pela equipe de buscas francesa, foi a última mensagem do paranaense.
Ontem, o irmão do alpinista, Roberto Luszczynski, e o amigo Carlos Osti, que na semana passada embarcaram para a França para acompanhar de perto o trabalho de busca ao alpinista, voltaram a Curitiba. Nas mãos, a mochila que Marcos deixou no hotel antes de partir para a empreitada solitária.
Apesar da informação de que o Capitão Bozon, responsável pelas buscas, ainda pretende fazer uma última busca específica, as esperanças de encontrar o paranaense bem são mínimas.
Isto porque, pelo fato de ele ter partido sozinho, não carregaria comida suficiente para manter-se por tanto tempo. A polícia francesa abriu inquérito para apurar o desaparecimento do brasileiro, e, dentro de três semanas, possivelmente será emitido um atestado de óbito de Marcos.
As buscas ao alpinista foram dificultadas em função da instabilidade climática na França nessa época do ano. Coberta de gelo e cheia de fendas, a Montblanc sofre com as nevascas e ventos fortes, que não só cobrem as perigosas fendas como também dificultam o vôo de helicópteros por toda a região.
Ontem à noite, a família do alpinista se reuniu com Roberto e Carlos para decidir os procedimentos que serão tomados a partir de agora. Hoje pela manhã haverá um pronunciamento oficial sobre o caso.
