Na hora de consumir alimentos na areia da praia, os veranistas devem prestar atenção nas condições de armazenamento dos produtos, no aspecto da comida e também na higiene do recipiente e do vendedor ambulante. Observando e tomando alguns cuidados como estes, quem está no litoral pode aproveitar a praia sem problemas.
A funcionária pública Marlene dos Santos, de Jaguapitã, na região norte do Paraná, está passando as férias em Guaratuba e ontem aproveitou o calor para ir à praia. Ela conta que, na hora de comprar algo de um ambulante, presta atenção no manuseio do produto.
“Observo se a pessoa pega o dinheiro e usa a mesma mão para pegar o produto. Outro dia eu comprei um coco e a moça pegou o dinheiro e me deu o canudinho com a mesma mão. Aí não dá”, afirma. Ontem, ela comprou um quibe de uma ambulante, que pediu para a cliente pegar o produto diretamente de dentro do isopor com um guardanapo.
A pedagoga Valéria Pereira, de Joinville (SC), observa a aparência do produto e também do vendedor. “Eu prefiro produtos mais industrializados, para garantir”, comenta Valéria, que também aproveitou o calor que fez ontem em Guaratuba e foi curtir a praia.
Atenção
A diretora da Vigilância Sanitária de Guaratuba, Roberta Moro, orienta os veranistas a prestarem atenção na condição do produto e de seu armazenamento. Os salgados devem estar quentes.
Os refrigerantes, água e cerveja precisam estar dentro de caixas refrigeradas. Quem está na praia também deve evitar os alimentos expostos, como churros em uma bandeja.
Neste ano, o município fez o cadastramento de cerca de 300 ambulantes na cidade. Todos passaram por cursos de manipulação de alimentos. Equipes da Vigilância Sanitária também inspecionaram as áreas de manipulação, que na maioria das vezes ficam nas próprias casas dos ambulantes.“Somente após a verificação dos locais foram emitidas as licenças sanitárias. Os ambulantes cadastrados usam crachá e jaleco nas areias”, comenta Roberta.
Compre só dos cadastrados
A equipe de Vigilância Sanitária de Guaratuba também observa, na praia, se os vendedores ambulantes estão prestando o serviço corretamente. Verifica, por exemplo, a condição das caixas de isopor. A fiscalização urbana ainda averigua o uso do crachá e do jaleco.
“Nossa orientação para o veranista é comprar do ambulante cadastrado. Há garantia de um acondicionamento correto dos produtos e que tudo foi feito com higiene”, explica a diretora da Vigilância Sanitária de Guaratuba, Roberta Moro.
A ambulante Antoninha Marconcini, que há dez anos trabalha nas praias de Guaratuba vendendo algodão doce e casquinha, revela que a fiscalização tem sido rigorosa. “O curso nos ajudou bastante. Foi legal ter participado”, declara.
A vendedora Marilda Crispim, que oferece salgados fritos, relata que o curso completou a formação sobre o manuseio de alimentos. O vendedor José Maria Belo da Silva conta que, apesar da fiscalização, há muitos ambulantes sem cadastro realizando vendas nas praias de Guaratuba.
“Isso prejudica quem fez o curso, quem se cadastrou. Mas muita gente tem procurado comprar dos ambulantes com crachá”, indica. Ele, que vende refrigerante, cerveja e água, também passou pelo curso de manipulação de alimentos.
