O lago da usina de Foz do Areia, entre as cidades de Pinhão e Bituruna, na região sul do Estado, está coberto por algas. A água ganhou uma coloração verde e o cheiro exalado do material em decomposição vem incomodando os moradores da região. Segundo o chefe do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) em Guarapuava, Jairo Macedo, o problema vem ocorrendo desde 2001 durante o verão. Um dos fatores que contribuem para isso é a falta de tratamento do esgoto lançado no Rio Iguaçu.

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Segundo Macedo, as algas que infestam o lago existem em todos os rios do Paraná. Mas elas só causam problemas quando estão em águas represadas. O esgoto lançado nos rios acaba se acumulando e é fonte de nutrientes para as algas. Um dos rios que formam o lago é o Iguaçu, que recebe o esgoto de várias cidades, começando por Curitiba. Além disso, não choveu muito nos últimos meses e o nível da barragem está bem abaixo do normal, aumentado a concentração do material orgânico. Outro fator que colabora para o problema é a quantidade de luz solar que atinge a represa, no verão são 14 horas por dia.

De acordo com Macedo, o problema vem ocorrendo desde 2001, mas nos últimos anos a situação vem se agravando. Ele acha que a resposta pode ser o aumento da poluição. Se chovesse e a represa voltasse ao nível normal, o problema seria resolvido. Por enquanto, o IAP proibiu a pesca, a natação e qualquer outra atividade de contato com a água.

Macedo diz que, se as algas continuarem se reproduzindo desse jeito, terão que ser tomadas algumas medidas para conter o problema. Elas podem consumir boa parte do oxigênio da água, afetando peixes e outras espécies. Além disso, a água poderia ficar muito ácida e começar a causar problemas nos equipamentos de geração de energia da Copel. Mas sem chuva não vai ser fácil eliminar as algas. Elas são microscópicas e não podem ser retiradas da água com o uso de peneiras e seria difícil a utilização de filtros. Um tratamento químico talvez fosse a solução. Macedo diz que o IAP vai continuar monitorando a água e se a situação piorar serão tomadas as providências cabíveis.

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Os moradores da região não são abastecidos pela barragem, mas mesmo assim estão sofrendo com o problema. O ciclo de vida das algas é pequeno, em sete ou 10 dias elas acabam morrendo e quando se decompõem soltam gases como o metano, tornando o cheiro em volta do lago insuportável.