Quando inaugurou seu primeiro estabelecimento comercial no Capão Raso, há 33 anos, Antônio Cardoso, 65, não imaginava que iria observar tantas mudanças na Avenida Winston Churchill e em todo o Capão Raso pelas portas daquela pequena alfaiataria. “Naquela época, a avenida era estreita, não tinha canaleta, não tinha biarticulado e passava só meia dúzia de carros por dia. Era só pó, não tinha nem calçada direito, era muito diferente”, relembra.

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Apesar de a alfaiataria ter sido substituída por uma loja, o endereço continua o mesmo, o que permite que Seu Antônio continue acompanhando as mudanças que ocorrem na região. “Antes, não tinha banco, não tinha igreja, não tinha mercado grande. Agora, o Capão Raso tem tudo o que o Centro oferece, ninguém precisa ir até lá se não quiser”, conta. E o desenvolvimento não para por aí. “O bairro continua crescendo, ainda mais com a construção de grandes condomínios de prédios, que estão trazendo gente com maior poder aquisitivo”.

Há tantos anos morando e trabalhando no Capão Raso, Seu Antônio faz parte da própria história do bairro. Para impulsionar ainda mais o desenvolvimento da região, ele foi responsável, junto com outros moradores, pela criação da Associação Comercial do Capão Raso. Fundada há cerca de sete anos, hoje conta com mais de 200 associados -uma prova da evolução do bairro.

Seu Antônio é um bom exemplo dessa mudança. O terreno que antes abrigava a pequena alfaiataria agora compreende uma loja de 2.200 metros quadrados. “Com o dinheiro que gastamos fazendo a ampliação da loja, poderíamos ter aberto filiais em outros locais, mas preferimos ficar só aqui no Capão Raso mesmo porque acreditamos e investimos no bairro”, explica. Como grande defensor do bairro, fica revoltado quando o Capão Raso é confundido com o Pinheirinho ou outras localidades próximas. “Nosso bairro tem que ser reconhecido pelo seu nome, mas muita gente ainda não sabe nem onde fica o Capão Raso, o que tem nos motivado na Associação Comercial”.

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