Alerta e orientação aos fumantes na capital

?Preserve a vida, não fume?. Essa foi a frase que o aluno Luiz Otávio Dáttola escreveu em um pequeno papel e esperava que ela sensibilizasse algum fumante. Assim como ele, outros 500 alunos de um colégio de Curitiba elaboraram frases de valorização à vida que foram levadas amarradas em balões brancos, soltos ontem para marcar o Dia Nacional de Combate ao Fumo.  

A assessora pedagógica da escola, Marlene Kochinski, comenta que o tabagismo sempre é trabalhado com os alunos com idades entre 6 e 13 anos, como forma de criar uma consciência crítica sobre os malefícios do cigarro. ?As crianças relatam que cobram dos pais que parem de fumar. Já os adolescentes precisam estar informados pois estão em uma fase da vida onde podem ser influenciados?, comentou.

A pequena Aline Saemi Shigueoka, de 6 anos, conta que teve resultados positivos na campanha contra o cigarro. Ela confeccionou um pequeno boton que trazia o símbolo de proibido fumar e disse que mostrou para pessoas na rua. ?Eu passei por cinco pessoas que estavam fumando e quando apontei para o bóton eles jogaram o cigarro?, conta.

Barraca

Foto: Chuniti Kawamura

Na Boca Maldita, dicas de saúde foram dadas à população.

O Dia Nacional de Combate ao Fumo também foi marcado por atividades na Rua XV de Novembro. A Secretaria Municipal de Saúde montou uma barraca no local e promoveu a conscientização de fumantes e não-fumantes. O tema também foi levado a unidades de saúde e outros prédios da administração municipal. De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), Curitiba ocupava em 2006 o quinto lugar entre as cidades brasileiras com o maior número de fumantes. Cerca de 90% dos curitibanos admitiram que começaram a fumar antes dos 19 anos. Para enfrentar o problema, a Prefeitura mantém um programa de controle do tabagismo em unidades de saúde da capital.

?Palhaçada?

Vestidas de palhaços e com apitos, cerca de 30 pessoas chamaram a atenção das pessoas que andavam pela Rua XV ontem à tarde para o problema do tabagismo. Segundo o presidente da Associação Paranaense de Combate ao Fumo, Jayme Zlotnik, a intenção da manifestação foi informar a população. ?Eles estão caracterizados de palhaços para dar um tom alegre?, afirmou. Participaram membros da Associação Médica do Paraná e do Hospital de Clínicas (HC), da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Os manifestantes pararam na barraca que a Prefeitura instalou para que a população pudesse fazer o teste de Pico de Fluxo Expiratório, ou seja, checar como está o fôlego. O dançarino Mauro Lúcio Silva, 39 anos e não fumante ficou espantado com seu resultado. Sua capacidade expiratória foi de 27%. O ideal para um não-fumante é 90%. O resultado do dançarino pode ser fruto do perigo que correm os fumantes passivos. 

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