Pelo segundo dia seguido, os moradores do Bairro Novo, em Curitiba, fecharam ontem a rua Ourizona em protesto contra os alagamentos que ocorreram na região, no último final de semana.
Eles queimaram pneus reivindicando que a prefeitura de Curitiba tome alguma providência em relação ao Ribeirão dos Padilhas, cujas águas sobem toda vez que chove.
Os moradores ficaram assustados depois da chuvarada do último sábado, quando muitas casas ficaram alagadas. Um homem de 63 anos morreu ao ser arrastado pela enxurrada.
A casa de Suzana Gonçalves, localizada na rua Coronel Joaquim de Azevedo, encheu de água e ela perdeu vários móveis. Um sofá, inclusive, ficou totalmente danificado e foi queimado no protesto.
Roberto Fernandes, que mora na mesma rua, disse que a sua casa também alagou. ‘Esse rio recebe água de todos os bairros e não tem manutenção, limpeza. A prefeitura precisa fazer isso’, reclamou.
O diretor do Departamento de Pontes e Drenagens da prefeitura de Curitiba, Augusto Meyer Neto, afirmou que várias intervenções estão sendo feitas ao longo dos rios da cidade.
Em relação ao Ribeirão dos Padilhas, ele informou que muitos moradores serão realocados porque vivem em áreas de ocupação. ‘Depois disso poderemos fazer o desassoreamento com máquinas. Até então vamos fazendo a limpeza’, disse.
Estado
Segundo a Defesa Civil do Paraná, cerca de 200 pessoas foram prejudicadas com as chuvas do final de semana em todo o Estado. Pelo menos 44 casas foram danificadas e outras 27, destruídas.
Além de Curitiba, onde foram registrados 38 pontos de alagamento, as chuvas afetaram também os municípios de Campina Grande do Sul, Quatro Barras e Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana, Ponta Grossa, nos Campos Gerais, e Medianeira, no oeste.