| Foto: Lucimar do Carmo |
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| O novo espaço atenderá crianças de até 4 anos de idade. continua após a publicidade |
O Hospital de Clínicas (HC) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) inaugurou ontem, em Curitiba, a ala pediátrica do Serviço de Transplante de Medula Óssea. O setor deve começar a funcionar nos próximos dias. Mas com um problema: ainda sem profissionais especializados para prestar atendimento aos pequenos pacientes.
Segundo o diretor do hospital, Giovanni Loddo, a instituição aguarda autorização do Ministério da Educação (MEC) para poder contratar 25 novos funcionários, entre médicos, enfermeiros e pessoal de apoio. ?Ao inaugurar a ala, estamos respondendo a um apelo do ministro da Saúde (José Gomes Temporão), que recentemente disse que o número de transplantes no Brasil está diminuindo. Os transplantes são auto-suficientes. Temos infra-estrutura para ampliar nossos serviços, mas precisamos que o governo federal faça a parte dele, fornecendo recursos humanos?, afirmou.
O reitor da UFPR, Carlos Augusto Moreira Júnior, informou que, para que a nova ala possa começar a operar, alguns funcionários de outros setores do hospital serão remanejados para o local. ?Também estamos considerando a possibilidade de pedir ao Ministério Público (MP) que nos autorize a fazer contratações. Enquanto elas não forem realizadas, a abertura da ala pediátrica não irá significar aumento no número de transplantes de medula realizados pelo HC?, disse. Anualmente, o hospital realiza entre oitenta e cem transplantes. Do total, cerca de 60% são em crianças.
A nova ala foi construída com recursos cedidos pelo governo do Paraná. Com 680 metros quadrados de área construída, o local custou R$ 436 mil, dentro de um total de R$ 3,2 milhões destinados a obras dentro do HC. O novo espaço, que conta com cinco leitos, será voltado principalmente ao atendimento de crianças de até 4 anos de idade, mas também poderá receber pacientes de até 14 anos. ?O transplante de medula em crianças tem complicações diferentes e necessita de abordagem especial. Temos capacidade para expandir o serviço, mas precisamos de novos funcionários?, declarou o chefe do serviço de medula óssea do HC, Ricardo Pasquini.
Desde que foi criado, há 28 anos, o Serviço de Transplante de Medula Óssea do HC já realizou 1.809 transplantes, sendo 69 este ano. Com a inauguração da nova ala, o serviço passa a contar com 21 leitos, mas atualmente apenas quatorze estão em funcionamento.