Ainda falta muita chuva em Curitiba e Região Metropolitana

A chuva forte que atingiu Curitiba e Região Metropolitana durante a madrugada e a manhã de ontem não foi suficiente para aliviar o nível das barragens que abastecem a capital paranaense e Região Metropolitana. Segundo o Instituto Tecnológico Simepar, o volume de precipitação ficou em 21 milímetros (mm), bem acima dos 2 mm registrados na quinta-feira.

Segundo dados da Superintendência de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental (Suderhsa), a chuva até contribuiu para um aumento significativo da vazão do Rio Iguaçu, principal manancial que abastece Curitiba e região. De 4,6 metros cúbicos por segundo registrados na quinta, a vazão saltou para 15,25 metros cúbicos por segundo. ?Porém, na prática, os reservatórios pouco sentiram os efeitos?, diz o geólogo Nilson Morais, da Suderhsa. A justificativa estaria no sistema de captação.

Abastecimento de água ainda está comprometido.

A prova da pouca relevância da chuva para os reservatórios são os dados fornecidos pela Sanepar sobre o nível das três barragens que abastecem Curitiba e região. Apesar da chuva, Piraquara 1 teve um decréscimo de 3 centímetros, Iraí 2 centímetros e Passaúna de 1 centímetro. Com as baixas, a empresa fechou as barragens e volta ao abastecimento por meio das bacias incrementais.

Com a previsão de mais chuvas para a região leste no dia de hoje, mesmo que não tão significativas como as de ontem, a Sanepar espera até segunda-feira para emitir uma avaliação do racionamento após a segunda semana de rodízio. É muito provável que não haja escapatória para a mudança do sistema, com ampliação do horário de corte do fornecimento.

Pedras e madeira aparecem, com o nível mais baixo.

O gerente da Sanepar para Curitiba e Região Metropolitana, Antonio Carlos Gerardi, reitera que as equipes técnicas estão acompanhando diariamente os níveis das barragens, de consumo de água tratada e da chuva que cai desde quarta-feira. Ele explicou que a chuva – para garantir o abastecimento de água tratada tem que cair na região dos mananciais, em grande volume. ?É preciso chover, e muito, na Serra do Mar e nas cabeceiras dos rios?, enfatiza.

O volume necessário para a suspensão do racionamento seria algo em torno de 40 mm por dia, durante no mínimo três dias. No entanto, pelo panorama até agora, não é dessa vez que os problemas no abastecimento vão terminar em Curitiba e região. A previsão do Simepar é de que apenas em meados do próximo mês a quantidade de chuva seja suficiente para pôr fim à estiagem e ao racionamento.

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