O destino dos quase 200 funcionários que trabalham no combate à dengue pode ser decidido na segunda-feira, em audiência marcada para 16h no Ministério Público do Trabalho (MPT). Eles estão sem receber da empresa Saneamento Ambiental Urbano (SAU), terceirizada da prefeitura, desde o dia 6 deste mês, quando decidiram entrar em greve, após o segundo atraso consecutivo.
Os funcionários são responsáveis pela inspeção de focos do mosquito e desratização em residências e estabelecimentos comerciais. O Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio e Conservação de Curitiba (Siemaco) estima que até segunda-feira, o número de visitas que deixarão de ser feitas por causa da greve chegue a 40 mil. Segundo o presidente do Siemaco, Manassés Oliveira, cada agente faz 28 a 35 visitas por dia de trabalho. A empresa SAU explica que o atraso no salário é uma pendência da gestão anterior que não liquidou as faturas entre outubro e dezembro de 2012 e com isso ficou a dívida de R$ 2,9 milhões.
Negociação
Em nota, a Secretaria de Finanças explicou que “a orientação dada à direção da SAU foi para que procurem a Justiça Trabalhista para dar entrada na regularização dos débitos, caso contrário qualquer órgão público fica impedido de fazer pagamentos à empresa”. A instrução cumpre as exigências do Comitê de Transparência e Responsabilidade Financeira, que também solicita todas as certidões negativas em dia, caso contrário nem este pagamento poderá ser realizado.
Ontem, o Siemaco tentou acordo no MPT em audiência de emergência, mas a prefeitura não compareceu. Agora, será intimada para nova audiência marcada para segunda-feira. “A prefeitura tem responsabilidade sobre esses trabalhadores e precisa buscar solução rápida para essas famílias que estão sem salário”, defende Manassés.