Paraná

Agentes penitenciários fazem paralisação no Paraná

Agentes penitenciários fazem um protesto para exigir a permissão de porte de arma de fogo e salientar a insegurança que sofre a categoria. A manifestação foi motivada pelo assassinato do agente Walter Giovani de Brito, de 26 anos, na madrugada de segunda-feira (12).

A paralisação acontece durante esta terça-feira (13), em 23 presídios do Paraná e somente serviços essenciais serão mantidos até o fim do dia. Segundo a categoria, quatro servidores foram mortos nos últimos três anos em Londrina.

“O porte de arma é inerente à função que exercemos, precisamos de maneiras de nos defendermos. Até parece piada não termos direito ao porte”, afirma Vilson Brasil, tesoureiro do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen). Segundo Brasil, a falta de regulamentação sobre o porte de arma de fogo é o principal ponto criticado pela categoria.

Quando Brito foi morto, o agente Levino Custódio Júnior estava com uma arma calibre ponto 40 no porta-luvas do carro, disparou contra o autor dos primeiros tiros e acabou preso por porte ilegal.

“A arma estava registrada em nome do agente, mas ele não tinha permissão da Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania (Seju) para o uso durante o trabalho”, conta Custódio. Segundo ele, o Paraná é um dos únicos estados onde não foi aprovada a regulamentação do porte de arma de fogo.

Brasil afirma que já foram feitas mais de 500 pedidos de permissão para porte de arma no último ano, mas todos foram indeferidos. Dependendo do balanço do protesto de hoje, a categoria decide se iniciará greve.

O sistema penitenciário do Paraná conta com 3,5 mil agentes lotados em unidades em Londrina, Maringá, Cascavel, Foz do Iguaçu, Francisco Beltrão, Ponta Grossa, além de Curitiba e região metropolitana.