Agentes de segurança penitenciários fazem nesta segunda-feira (31) uma paralisação de advertência de 24 horas para exigir do governo paulista reajuste de 27% e incorporação das gratificações nos salários. A maioria dos 23 mil agentes, que trabalham em 144 unidades, entre presídios e Centros de Detenção Provisória (CDPs), aderiu à greve, segundo o Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária do Estado de São Paulo (Sindasp).
A adesão é maior entre os 9 mil agentes dos 19 presídios da região oeste, exceto os de segurança máxima, como a Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, onde poucos pararam. Lá estão presos os líderes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), entre eles, Marcos Willian Camacho, o Marcola. Apenas serviços essenciais, como atendimento médico e banho de sol, foram mantidos.
"Queremos uma resposta do governo sobre o reajuste de 27% (retroativo a 2006) e a incorporação das gratificações nos salários. Toda vez que o governo teria que dar reajuste, ele dá gratificação", afirmou o diretor do sindicato, Daniel Grandolfo. De acordo com ele, gratificação não é aumento real e, assim, não é incorporada à aposentadoria. Se o governo não atender às exigências, a categoria ameaça entrar em greve a partir do dia 9 de abril.