Os cerca de 400 agentes penitenciários que se reuniram ontem em frente ao Palácio Iguaçu aceitaram a proposta do governo e desistiram da greve, por enquanto. A primeira parcela do reajuste de 23,37%, referente ao adicional de atividade penitenciária, deveria ter sido pago em janeiro, mas a promessa é que até dia 28 as duas primeiras parcelas sejam pagas. Em março deve ser creditada a terceira e última parcela, de 9,8%.

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O governo estadual informou que, com o reajuste total, o salário do agente penitenciário em início de carreira passará, em março, a R$ 4.395,50. Serão beneficiados diretamente 3.140 agentes. O governo não comenta as demais reivindicações da categoria, mas a escala de 12 horas de trabalho por 60 horas de folga, alternadas com 24 horas de trabalho por 48 horas de descanso, será mantida.

Por conta da atitude imediata do governo, os agentes cancelaram a greve prevista para esta semana. Mas José Roberto das Neves, presidente do Sindarspen, sindicato da categoria, explicou que não descarta a greve. “Se não houver o pagamento até o dia 28 de fevereiro, podemos parar as atividades”, resumiu.

Reféns

Os agentes continuaram a apontar as falhas que a categoria enfrenta diariamente, como a segurança. “Nos últimos dois meses, tivemos sete rebeliões, com dez agentes reféns. Isso mostra que o sistema precisa de atitudes emergenciais”, disse José Roberto. “Na próxima rebelião em que um agente penitenciário for feito refém, vamos parar de vez as nossas atividades”, completou o vice-presidente do sindicato dos agentes, Anthony Johnson.

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