Ontem, pequeno grupo tentava convencer colegas.

Segundo o coordenador do Departamento Penitenciário do Estado (Depen), Coronel Justino Henrique de Sampaio Filho, não houve paralisação nas seis penitenciárias terceirizadas do estado. Apenas na Penitenciária Estadual de Piraquara (PEP) alguns funcionários teriam faltado ao trabalho. No entanto, o delegado sindical Valdecir Buckener do Sindicato dos Servidores do Sistema Penitenciário do Estado do Paraná (Sinnsp) afirmou que 85% dos funcionários da Penitenciária Casa de Custódia de Londrina e quase a metade dos agentes de disciplina da PEP aderiu ao movimento.

Buckner disse ainda que eles iam continuar a mobilização da categoria.

No final da tarde de ontem, os grevistas tentaram convencer os funcionários da troca de turno a aderirem à paralisação. Eles também estavam se deslocando para mobilizar os agentes em Guarapuava e Londrina, além da Casa de Custódia de Curitiba e Penitenciária Central do Estado. Para o final de semana, os agentes estão programando uma manifestação em frente às penitenciárias.

O coordenador do Depen disse que a questão entre os agentes de disciplina e as empresas que administram o sistema penitenciário terceirizado – MonteSinos, Instituto nacional de Administração Prisional (Inap) e Humanistas – é trabalhista, por isto não compete ao órgão encontrar uma solução. Mas ele prevê que a situação seja logo resolvida, já que o caso está na Delegacia Regional do Trabalho. O impasse deverá ser resolvido em nova reunião marcada para o dia 22.

Divisão

Nem todos os agentes de disciplina concordam com o movimento. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Administradores de Casas de Custódia e Penitenciárias do Estado (Sitepec), Paulo Roberto, reivindica a legitimidade para representar a categoria. E, segundo ele, os agentes do interior do estado não querem entrar em greve, já que eles negociam com as empresas há três meses.

Eles temem perder o emprego caso o governo do estado resolva quebrar os contratos e o serviço volte para as mãos do estado como quer o Sinnsp. Roberto diz que a maioria dos agentes não está preparada para enfrentar um concurso público para ser efetivado. O Sinnsp defende a medida porque o salário dos agentes seria igual aos dos funcionários do estado, passaria de R$ 485,00 para R$ 1.200,00. “Se o Sinnsp garantisse que a gente não ficasse sem emprego nós poderíamos até aderir a greve”. Na negociação do Sitepec o salário dos agentes disciplina subiria para R$ 676,00. (colaborou Rosângela Oliveira)

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