A maioria das agências bancárias da Região Metropolitana de Curitiba volta a funcionar normalmente a partir desta terça-feira (7). Apenas os funcionários do Banco do Brasil recusaram a proposta apresentada na última sexta-feira (3) e continuam em greve. Nas assembleias realizadas nesta terça-feira (7), os trabalhadores dos outros bancos, inclusive da Caixa Econômica Federal, decidiram encerrar a paralisação.
A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), que representa as instituições privadas, ofereceu 8,5% nos salários e demais verbas salariais, de 8% para 9% nos pisos e de 12,2% no vale-refeição. Os bancos também se comprometeram a monitorar as metas com equilíbrio e respeito, a fim de prevenir conflitos nas relações de trabalho.
A Caixa Econômica propôs reajuste salarial de 9% para todos os níveis de cargo efetivo, contratação de mais dois mil empregados até dezembro de 2015, ampliação do vale-cultura para quem ganha oito salários mínimos ou menos e pagamento de 100% de horas extras realizadas nas agências com até 20 empregados.
Para Gladir Antonio Basso, presidente da Federação dos Bancários do Paraná (FEEB-PR), grande parte das reivindicações da categoria foi alcançada. “É claro que os bancários gostariam de um reajuste maior e de propostas melhoradas, mas o que conseguimos nesse curto período de tempo é um bom indicativo. Basta observar o comprometimento com o fim do assédio moral e das metas abusivas”, afirma Basso.
Segundo o presidente da FEEB-PR, aproximadamente 18 mil bancários brasileiros são afastados anualmente da atividade por doenças ocupacionais, em decorrência do assédio e das metas. “Agora isso começará a mudar”, garante.
Já o Banco do Brasil apresentou aumento salarial de 8,5%, reajuste de 9% nos pisos, contratação de 2 mil funcionários até dezembro de 2015 e pagamento de 100% das horas extras em todas as agências. Proposta que foi rejeitada na assembleia realizada ontem em Curitiba. No entendimento do sindicato da categoria, o banco deve contratar mais funcionários e aprimorar as propostas sobre o plano de carreira dos trabalhadores.