Foto: João de Noronha/O Estado |
No aeroporto, passageiros precisaram ter paciência para enfrentar o apagão aéreo. |
Os efeitos do novo apagão aéreo no País, que começou terça-feira com a pane no Cindacta 1, em Brasília, afetou mais de 50 vôos no Aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais. Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), entre anteontem e ontem, dos 132 vôos previstos (81 na terça-feira) ,53 saíram com atraso de mais de uma hora e 13 foram cancelados, até as 17h de ontem.
O problema sem solução causou irritação entre os passageiros que aguardavam para embarcar. Um grupo de 36 estudantes, que tinha vôo para Belo Horizonte, com conexão em São Paulo, deveria sair às 13h12, mas o embarque estava atrasado em mais de três horas. ?Doze colegas já desistiram de esperar e foram para casa. A gente chegou aqui às 12h. deveríamos estar lá em Minas às 16h. Eles nos disseram que o vôo está previsto para as 17h25, mas não era certo. Nem sei se vamos chegar para receber o prêmio amanhã cedo lá em Belo Horizonte?, lamentou a estudante Laís Antonelli.
Os atrasos e os cancelamentos fizeram crescer as filas nos guichês das empresas. Tanto passageiros que tentavam um lugar em alguma aeronave quanto os que queriam apenas informação sobre os horários não cumpridos aguardavam. ?Eles não passam informação. Não têm o que nos dizer, apenas falam que temos que ficar aguardando e vindo aqui perguntar sobre o vôo?, afirma o empresário Sidval Dias que precisava voltar para São Paulo.
Bastante indignada, Fabíola Gonçalves já não sabia o que fazer. Ela deveria sair de Londrina para Curitiba, onde pegaria um outro vôo para São Paulo e Rio, às 6h15, mas só conseguiu chegar na capital por volta das 15h. ?Eu estou indo para Paris. Meu vôo sai do Rio às 19h. A empresa conseguiu um lugar para mim, de Curitiba ao Rio, em outra empresa, mas este vôo também está atrasado. Se eu perder minha passagem internacional vou processar a empresa?, desabafou.