O número de mortes por afogamento em Curitiba e municípios da Região Metropolitana nesta temporada de verão já superou o registrado no litoral paranaense. Desde o último dia 16 de dezembro, quando teve início a Operação Verão, foram verificados cinco mortes nas praias. Em contrapartida, foram sete na capital e em municípios vizinhos.
Segundo o aspirante a oficial do sexto grupamento do Corpo de Bombeiros do Paraná, que fica em São José dos Pinhais, Carlos Roberto Maciel Filho, o calor intenso faz com que muitas pessoas que não podem descer para o litoral acabem procurando locais inadequados – como rios, lagos de chácaras e principalmente cavas – para nadar e tentar se refrescar. ?Estamos sempre alertando as pessoas sobre os perigos de tomar banhos em cavas e rios. Porém, o desrespeito é grande e muitas pessoas acabam entrando na água de qualquer jeito, desobedecendo as determinações e arriscando a própria vida?, afirma. ?As maiores vítimas costumam ser os adolescentes.?
O grande problema das cavas, consideradas as maiores vilãs, é que geralmente elas são rasas nas beiradas e bastante profundas na parte central. Quando isso acontece, as pessoas vão entrando na água e perdem o contato com o chão repentinamente, indo para o fundo e se afogando.
Final de semana
Só neste final de semana, foram quatro mortes por afogamento em Curitiba e região, sendo três de adolescentes. No sábado, foram duas tragédias. A primeira aconteceu no lago do Parque Passaúna, dentro do município de Araucária. A vítima foi um homem de 34 anos. Já a segunda foi verificada em Campo Largo, quando um adolescente procurou os tanques do Parque Cambuí para nadar e acabou se afogando.
As outras duas mortes aconteceram no domingo. Uma delas, a de um adolescente de treze anos, teve como cenário novamente o Parque Passaúna e foi verificada por volta das 17h. A outra aconteceu no Rio Iraí, no município de Pinhais, tendo como vítima um garoto de quatorze anos.