Os voos regulares no aeroporto de Cascavel voltarão a operar em novembro, sem data ainda definida, informa o presidente da Companhia de Engenharia de Transporte e Trânsito (Cettrans), Jorge Lange. O aeroporto está fechado desde o dia 23 de julho para reformas, com obras de ampliação e recomposição de pista.
O aeroporto de Cascavel será reaberto com novas perspectivas. A Cettrans está em negociação adiantada com a Passaredo Linhas Aéreas e a Azul Linhas Aéreas para operar no aeroporto. As negociações com a Gol estão em fase inicial.
A pista do aeroporto de Cascavel será ampliada de 1.615 para 1.780 metros de comprimento e de 30 para 45 metros de largura. A recomposição da pista está sendo realizada para receber aviões de maior porte. O aeroporto de Cascavel foi projetado para receber o Boeing 737-700.
Segundo Lange, a programação inicial era fazer as reformas em menos de 90 dias. “Imaginávamos que as obras seriam mais rápidas. Mas no início das obras foram constatadas algumas deformações na pista e isso atrasou as obras”, explica.
As obras de ampliação e recomposição da pista fazem parte da primeira etapa das reformas do aeroporto de Cascavel. Numa segunda etapa, sem data ainda definida para começar, será realizada a construção de um novo terminal de passageiros e de novas áreas de estacionamento de veículos e de aeronaves. De acordo com Lange, o aeroporto não será fechado na segunda etapa das obras.
Antes do início das reformas, o aeroporto de Cascavel recebia aproximadamente 7 mil pessoas por mês. Somente a Trip Linhas Aéreas opera no aeroporto com seis vôos diários. Os principais destinos são Curitiba, São Paulo e Campo Grande. Com a reforma, a empresa paralisou os voos, mas eles retornarão quando o aeroporto for reaberto, segundo o presidente da Cettrans.
Transtorno
O fechamento do aeroporto de Cascavel está causando transtornos aos usuários. O empresário e ex-presidente da Associação Comercial de Cascavel (Acic), Valdinei Silva, viaja muito a negócios e foi prejudicado com o fechamento do aeroporto. “Estamos pagando mais caro para ir por Foz do Iguaçu e gastando muito tempo na estrada”, reclama o empresário.
Segundo ele, por causa de mudanças de rota via Foz do Iguaçu e da necessidade de usar as rodovias para complementar a viagem, suas despesas aumentaram em 40%. Ele conta que precisa levantar às 3h para pegar voo em Foz do Iguaçu às 6h30. O transtorno ocorre na volta, quando chega a Foz a 1h30.
“Ou a gente chega de Foz, de carro, às 3h em Cascavel, ou temos que dormir em Foz e perder a manhã seguinte”, diz o empresário. Na primeira semana de outubro, Silva chegou a perder um voo para Foz do Iguaçu por causa de um acidente na estrada, quando ia para o aeroporto daquele município.
O deputado estadual Leonaldo Paranhos precisa ir toda semana a Cascavel. Com o fechamento do aeroporto, quando não vai de carro segue de avião até Foz do Iguaçu e depois complementa a viagem de automóvel. “Acaba sendo um transtorno porque a gente acaba perdendo muito tempo”, afirma o parlamentar.
Segundo ele, a viagem de avião de Curitiba a Cascavel demora 50 minutos. Mas a viagem de Curitiba a Foz demora aproximadamente 1h10, mais 1h40 de carro de Foz do Iguaçu até Cascavel, quando tudo transcorre bem na estrada. “Também tem a questão do custo. Um carro tem de sair de Cascavel para buscá-lo em Foz e gasta em combustível e pedágio”, complementa Paranhos.