O advogado Antônio Góis, responsável pela defesa do delegado regional do Trabalho, Celso Costa, entrou ontem com um pedido de habeas-corpus no Tribunal de Justiça (TJ). O advogado contesta o pedido de prisão preventiva feito pelo juiz da 3.ª Vara Criminal de Londrina, José Marcos Moura.
“No estado de direito a preventiva só é pedida diante de um fato excepcional”, argumentou. “Não houve esse fato. Meu cliente compareceu para depôr sempre que foi chamado. Não houve, portanto tumulto processual.”
O advogado refuta também a argumentação do juiz, que atribui a Costa ameaças aos proprietários das empresas concorrentes da Celta System (de propriedade do delegado) na licitação da Companhia Municipal de Urbanização de Londrina (Comurb). “Essa denúncia foi feita há três anos”, alegou. “Não tem mais sentido colocar isso no processo.”
O pedido de habeas será analisado pelo desembargador Clotário Portugal. Enquanto isso, Celso Costa permanece preso no Centro de Triagem da Polícia Civil do Paraná.
Pedido
Celso Costa vê sua situação se complicar também na DRT. Um processo administrativo vai ser instaurado para apurar as supostas irregularidades cometidas na delegacia. Ontem, a Associação dos Auditores Fiscais do Paraná (AATF-PR) preparou um ofício que deve ser encaminhado ao ministro do Trabalho e Emprego, Paulo Jobim Filho.
Os auditores querem marcar uma reunião com o ministro e apresentar uma lista de nomes que poderiam assumir a DRT.
