Adolescentes infratoras lançam vídeo

As meninas da Unidade Social Joana Miguel Richa, onde cumprem medida socioeducativa, lançam hoje um vídeo do qual participam como editoras, atrizes e cinegrafistas. Além de tratar de temas como paz e cidadania, as adolescentes, entre 14 e 18 anos, dão depoimentos bastante pessoais, como ?começar de novo?, ?não ser vista como bandida?, ?porque estou aqui?. O vídeo será lançado para o público no próximo dia 28, na Cinemateca, às 19h.

?Falamos de por que a gente entrou nessa, nossos sentimentos e o que a gente passa?, conta D.S.A., de 18 anos. ?Eu tirei foto e filmei. Falamos sobre as drogas, a violência e sobre o preconceito?, afirma P.M.S., 18 anos. ?Mostramos que estamos tentando. Não é porque estamos aqui que a gente é ruim?, afirma S.L.F. 18 anos.

A diretora da unidade, Mariselni Vital Piva, explica que a produção do vídeo foi uma iniciativa da Central de Notícias dos Direitos da Infância e Adolescência (Ciranda). Foram duas experiências, uma com as meninas da unidade Joana Richa e outra, cujo vídeo foi lançado terça-feira, com os meninos da unidade de Fazenda Rio Grande. A primeira etapa foi de oficinas sobre a questão de cidadania, ética, paz, violência e outros temas. A segunda foi a parte prática. ?Não é da realidade delas ter acesso aos meios de comunicação. Elas construíram e isso foi o que elas mais gostaram. É a possibilidade de refletir sobre o assunto. Já é válido. Por menor que seja o alcance, é positivo?, afirma.

Além de uma maneira de reflexão e expressão, o objetivo é que o vídeo das adolescentes em conflito com a lei seja um instrumento. As expectativas são explicadas pelas próprias produtoras do trabalho. ?A gente espera que as pessoas que vejam, nos enxerguem com olhos diferentes?, pede S.L.F. ?É importante porque o pessoal vê que a gente tenta mudar?, afirma P.M.S. No total foram 28 as que participaram do projeto, o mesmo número dos meninos.

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