Após gerar muita polêmica no plenário da Assembleia Legislativa, ontem, o projeto de lei que proíbe a venda de bebidas alcoólicas em lojas de conveniências de postos de combustíveis no Paraná teve a votação adiada para hoje. O projeto do deputado estadual Pastor Edson Pracykz prevê multa de R$ 5 mil e até a cassação da inscrição estadual aos infratores.
Na justificativa, o parlamentar afirma que “muitas vezes, o que se presencia nos postos de combustíveis são verdadeiras festas com direito a música alta e outros abusos cometidos durante a madrugada”. Para o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis (Sindicombustíveis), Roberto Fregonese, “é uma lei inconstitucional, sem respaldo técnico, com base em opinião pessoal”. Ele diz que a maior parte dos postos depende do faturamento das lojas de conveniência para fechar as contas. “A queda do negócio vai refletir no preço do combustível”, salienta.
Na avaliação do presidente da Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas do Paraná, Fábio Aguayo, a aprovação da lei é uma forma do Estado intervir na liberdade do cidadão em favor a um posicionamento religioso do autor do projeto. “O setor é contra, mas vai sugerir emenda propondo a suspensão das vendas entre 1h e 6h, além de não oferecer produtos gelados para evitar o consumo imediato”, afirma.