Foi prorrogado para sexta-feira o prazo final para que algumas das maiores redes de supermercados do Estado apresentem ao Ministério Público Estadual (MPE) e à Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) uma alternativa ambientalmente correta em substituição às sacolas plásticas comuns, distribuídas nos estabelecimentos. As empresas tinham até ontem para entregar um posicionamento, conforme ficou acordado em reunião realizada com representantes de seis delas no mês passado, mas os órgãos decidiram adiar o tempo limite para rever a questão em conjunto.
Mesmo com a prorrogação do prazo, algumas redes se anteciparam em dar respostas. Dentre as que já atenderam à solicitação está a rede Condor, que passou a adotar as sacolas oxibiodegradáveis este mês. Essas sacolas contêm um aditivo que permite a decomposição do plástico em 18 meses. A rede Super Muffato também contatou a Sema e o MPE informando que adotará a mesma solução nos próximos dias. Em Maringá, alguns supermercados já adotam as oxibiodegradáveis desde o início do ano, como o Cidade Canção, primeiro estabelecimento do Estado a aderir à alternativa.
Já a rede Wal-Mart informou que as oxibiodegradáveis estão em fase de testes, mas que não serão implementadas até que estes sejam concluídos. Conforme a assessoria, a rede solicitou ao fornecedor que se adequasse às normas e especificações internacionais para garantir que o aditivo colocado nas sacolas não seja prejudicial ao meio ambiente, o que ainda não aconteceu.
As oxibiodegradáveis ainda são polêmicas, uma vez que, segundo o Sindicato da Indústria de Material Plástico no Estado do Paraná (Simpep), os plásticos aditivados não desaparecem por completo na natureza.
Alternativa
A decisão de adiar o prazo foi do secretário de Estado do Meio Ambiente, Rasca Rodrigues, que, junto com o MPE, optou por dar mais quatro dias aos empresários. ?Assim poderemos avaliar juntos como proceder com quem entregou e quem não entregou ainda?, justifica. Além disso, desde o último dia 5 a promotoria está enviando ofícios a todos os estabelecimentos do Estado para exigir de cada um o mesmo que foi colocado às grandes redes.
Desde o início, o que Sema e MPE vêm exigindo é que uma alternativa seja encontrada à adoção desse tipo de sacolas. ?Podemos usar qualquer modelo, desde que seja ambientalmente mais favorável?, enfatizou o promotor Saint-Clair Honorato Santos.
