Adiada solução para caso de embalagens longa-vida

Apesar de ter vencido oficialmente ontem o prazo para que a fabricante Tetra Pak apresentasse projeto de destinação das embalagens longa-vida, conforme exigido pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), somente na semana que vem a solução pensada pela empresa chegará ao conhecimento do governo. O motivo do adiamento, segundo a assessoria de imprensa da Sema, teria sido uma incompatibilidade de horários entre a diretoria da Tetra Pak e o secretário Rasca Rodrigues para o agendamento da reunião.  

A problemática envolvendo as embalagens começou há pouco mais de um mês, quando Rodrigues disse estudar a possibilidade de proibir a comercialização das embalagens Tetra Pak no Paraná. Ele justificou a medida afirmando que a indústria não conta com logística de recolhimento das embalagens que coloca no mercado, o que configuraria falta de responsabilidade ambiental.

Por conta disso, em reunião com a diretoria da empresa no Brasil e na América do Sul, realizada à época em Curitiba, ficou decidido que a fabricante teria até ontem para apresentar um projeto que contemplasse logística de recolhimento ?satisfatória?, conforme delimitou o secretário. Mas o próximo encontro foi adiado em nove dias, tendo sido remarcado para quarta-feira da semana que vem. A assessoria de imprensa da Tetra Pak informou ontem que, apesar do adiamento, o plano exigido pela Sema já está pronto e será apresentado na data marcada.

Sacolas

A polêmica das embalagens no Paraná não se limita às longa-vida. As sacolas plásticas distribuídas nos supermercados também estão na mira da Sema e do Ministério Público do Estado. A Promotoria de Meio Ambiente do órgão está notificando todos os estabelecimentos paranaenses para que apresentem uma alternativa às sacolinhas, já que apenas algumas redes já o fizeram até agora.

Além disso, hoje, a Comissão de Indústria e Comércio da Assembléia Legislativa do Estado se reúne para uma audiência pública que tratará da proposta de substituição pelas biodegradáveis. Na ocasião, todos os setores envolvidos na questão devem participar e discutir, inclusive, a unificação dos três projetos que tramitam atualmente na Casa procurando regulamentar a matéria. 

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