A decisão sobre o reajuste no valor das tarifas dos ônibus da Rede Integrada de Transporte (RIT) ficou para a semana que vem. Durante o encontro de ontem entre os prefeitos da Região Metropolitana, o prefeito de Curitiba, Cassio Taniguchi, e o secretário de Estado Especial de Assuntos Metropolitanos, Édson Luiz Strapasson, ficou decidido que será realizada uma atualização dos custos já apresentados pelas planilhas da Urbs.
Os técnicos da Coordenação da Região Metropolitana (Comec) e da Urbs se reúnem hoje para dar início às avaliações. Todos os custos apresentados pela Urbs na primeira reunião serão recapitulados e especificados pelos técnicos das duas entidades. A decisão será tomada pelos órgãos envolvidos após essa avaliação.
Para Strapasson, o novo estudo é necessário para que se busque uma saída que impeça o aumento de 15,15%. Ele acredita que os custos ainda podem ser reduzidos. “Já havia me manifestado para que isso acontecesse. É justo que tenhamos acesso a toda a elaboração das planilhas da Urbs antes de autorizar um aumento”, explica. “Se o Cassio quiser subir a tarifa em Curitiba, tudo bem. Mas a RMC é assunto do governo e dos demais prefeitos, que precisam estar a par de toda a situação”, completa Strapasson.
O impasse no reajuste já dura mais de duas semanas, quando o vice-prefeito, Beto Richa, revogou o decreto de Taniguchi autorizando o aumento da passagem para R$ 1,90. Para o prefeito da capital, tudo não passou de um mal- entendido. “A questão já está resolvida. O Beto só não se pronunciou anteriormente porque iria esperar a minha volta. O que aconteceu foi uma falha de comunicação. Por isso as decisões ficaram desencontradas”, diz.
Enquanto isso, a tarifa permanece em R$ 1,65 em toda a RIT. Mas, Cassio voltou a afirmar que o aumento é necessário. “No mesmo período do ano passado, as discussões sobre as tarifas atrasaram o aumento e o prejuízo chegou a R$ 3 milhões. Desta vez não podemos deixar que isso aconteça”, completa o prefeito.
