Feminicídio

Acusado de matar Tatiane Spitzner, Luís Felipe Manvailer será julgado nesta quinta

Luís Felipe Manvailer, será julgado pela morte da esposa, a advogada Tatiane Spitzner. Foto: Reprodução/Facebook

O biólogo e professor Luís Felipe Manvailer, acusado de matar a esposa, a advogada Tatiane Spitzner, em julho de 2018, em Guarapuava, na região centro-sul do Paraná, vai a júri popular nesta semana. De acordo com o Ministério Público do Paraná (MP-PR), o julgamento do réu deve ter início nesta quinta-feira (3), no mesmo município.

LEIA AINDA – Armamento de guerra, carros de luxo e dinheiro na rua: os detalhes do assalto em Criciúma

No julgamento, o Ministério Público afirma que sustentará a tese de homicídio qualificado – com os agravantes de feminicídio, motivo fútil e morte mediante asfixia, e também, de fraude processual, pelo corpo da vítima ter sido removido do local da queda e pela limpeza dos vestígios de sangue deixados no elevador. “A tese do MPPR, comprovada pelo Laudo de Necropsia e pelo Laudo Anatomopatológico, é de que a vítima foi jogada da sacada quando já estava morta”.

Conforme a denúncia criminal oferecida pelo MP-PR, na madrugada do dia 22 de julho de 2018, após uma discussão quando retornavam de uma casa noturna, o réu passou a agredir a vítima. Parte dos fatos chegou a ser registrada pelas câmeras de segurança do prédio onde o casal residia. Ao final das agressões, segundo a ação penal, a mulher teria sido lançada da sacada do apartamento pelo denunciado, que foi preso no mesmo dia do crime, ao tentar fugir.

Interrogado em março de 2019, na 2ª Vara Criminal de Guarapuava, Manvailer negou o crime e depois, se manteve em silêncio ao longo do interrogatório, em frente à juíza Paola Gonçalves Mancini. “Sempre falei a verdade, eu não matei minha esposa. Tanto que uma testemunha ouvida no Espírito Santo, afirmou que ouviu minha esposa gritando durante a queda”, disse o biológo, na época.

Como será o julgamento

Por conta da pandemia de novo coronavírus, de acordo com informações do telejornal Bom Dia Paraná, da RPC, só terão acesso ao salão do Tribunal, o juiz, promotor e escrivão, advogados, réu e testemunhas, assistentes de acusação, representantes da OAB, familiares de Tatiane e de Luiz Felipe, jurados e imprensa. Cadeiras do salão também devem ser isoladas para garantir o distanciamento entre as pessoas.

LEIA MAIS – “Vamos entrar no caos se casos de covid-19 aumentarem”, alerta infectologista

O júri pode se estender por três dias e além do réu, ainda segundo a RPC, a nove testemunhas de acusação e um informante serão ouvidos. Três testemunhas serão ouvidas em comum pela defesa e acusação. Já os sete jurados serão definidos após um sorteio feito entre as 30 pessoas do Conselho de Sentença.

Relembre o caso

Luis Felipe Manvailer é acusado de ter jogado Tatiane do quarto andar do prédio onde moravam. Os laudos do IML indicaram que a advogada foi morta por asfixia mecânica (esganadura), o que contrariou a versão de Luis Felipe, que disse à Justiça que sua mulher havia se atirado logo após uma discussão do casal.

LEIA TAMBÉM – A História de horror de Tatiane Spitzner tem bullying, servidão e terror psicológico

Na sequência, Luis Felipe aparece em câmera de vídeo recolhendo o corpo da esposa, já morta, colocando-o no elevador e deixando no apartamento. Depois pegou o carro dela e seguia em direção ao Paraguai, até que sofreu um acidente em São Miguel do Iguaçu – a 340 quilômetros de Guarapuava – e foi detido.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna