Luis Felipe Manvailer, biólogo acusado de matar a advogada Tatiane Spitzner em Guarapuava, região Central do Paraná, num caso que chocou o país em 2018, foi interrogado no domingo (9), no sexto dia de seu julgamento, e falou por mais de 11 horas, até a madrugada desta segunda-feira (10). O julgamento que começou na última terça-feira (4), será retomado ao meio-dia e deve terminar ainda nesta segunda.
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O réu é acusado de ter matado e jogado Tatiane do quarto andar do prédio onde moravam, na madrugada do dia 22 de julho de 2018 e por isso, responde por feminicídio com emprego de asfixia, meio cruel e fraude processual. Durante seu interrogatório, de acordo com informações do jornal Bom Dia Paraná, da RPC, Manveiler se dirigiu ao juiz, defesa e jurados, e utilizando um direito, se recusou a responder às perguntas feitas pelo Ministério Público (MP-PR) e pela assistência de acusação.
Durante seu depoimento, Manvailer afirmou que não matou Tatiane e pediu perdão à família de Tatiane. “Primeiramente, antes de começar a responder, eu gostaria de primeiro pedir perdão à família da Tatiane por todas as agressões que eu cometi. Eu não matei a Tatiane, gostaria de pedir perdão pelo mesmo motivo para minha família, eles sabem que não sou assim, e à todas as mulheres do Brasil, pedir perdão por isso. Eu não matei Tatiane”, disse.
Ao longo do interrogatório, o réu falou sobre como conheceu Tatiane, o início do relacionamento, casamento e também, sobre os fatos ocorridos na noite da morte da advogada, no dia em que ele comemorou seu aniversário em um bar de Guarapuava.
A acusação diz que Manvailer atirou Tatiane pela sacada após uma discussão. Vizinhos ouviram gritos e imagens das câmaras de segurança mostraram comportamento agressivo pouco antes da tragédia. A defesa diz que Tatiane se matou após uma discussão.
O julgamento que havia sido adiado duas vezes, entra no sétimo dia e deve terminar ainda nesta segunda-feira.