ACP elogia ruas temáticas da capital

Algumas ruas e avenidas de Curitiba se caracterizam pela presença de um grande número de estabelecimentos comerciais específicos. É o caso da Teffé, famosa pela quantidade de lojas de sapato; da Marechal Floriano Peixoto, que concentra muitas revendas de motos; da Ubaldino do Amaral e ruas transversais, que possuem uma série de estabelecimentos de locação de vestidos de noiva e roupas de gala; e da Mário Tourinho, muito conhecida pela presença de revendedoras de automóveis.

Na opinião do vice-presidente da área de marketing da Associação Comercial do Paraná (ACP), César Luiz Gonçalves, as ruas temáticas, como são conhecidas, podem ser vantajosas tanto para os empresários que se estabelecem nelas quanto para os clientes. "O fato de estabelecimentos do mesmo ramo se instalarem em um local específico diminui os custos dos comerciantes com propaganda", comenta.

O proprietário de uma revendedora de carros na Avenida Mário Tourinho, Júlio César Trajano, concorda. Ele conta que já trabalhou em uma revenda localizada em outra região da cidade e há um ano e meio tem o próprio estabelecimento na avenida. "Escolhi trabalhar na Mário Tourinho justamente por ela ser temática. Geralmente as pessoas que querem comprar um carro vêm direto à avenida. O movimento de clientes em minha loja é bem maior do que na loja em que eu trabalhava anteriormente, que ficava no Boqueirão", diz.

Para os consumidores, a vantagem é poder encontrar tudo o que necessitam num único lugar, sem precisar gastar muito com transporte e perder tempo no trajeto de um local a outro. Nas ruas temáticas, a concorrência também acaba possibilitando preços mais acessíveis, atendimento especializado e existência de promoções. "Freqüento a Rua Teffé há cerca de dez anos. Sempre compro sapatos no local, pois o fato de uma loja ser ao lado da outra faz com que seja mais fácil pesquisar preços e comparar modelos", afirma a protética Lilian Luiz, que ontem fazia compras na Teffé.

Desvantagem

A única desvantagem da concentração de um grande número de estabelecimentos concorrentes em um mesmo lugar pode ser a margem de lucro reduzida. De acordo com César Luiz, alguns empresários – na tentativa de driblar a concorrência e aumentar as próprias vendas – podem acabar baixando os preços de seus produtos e conseqüentemente obrigando os outros a fazerem o mesmo. Assim, a margem de lucro na região acaba sendo muito baixa e algumas pessoas passam a não ter mais condições de se  manter no mercado.

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