Os reajustes das tarifas de pedágio nas estradas do Paraná estão previstos em contrato. Um possível adiamento depende de um acordo entre o atual governo e a equipe de transição. Essa é a posição do diretor-geral do DER, Paulinho Dálmaz.

O DER deve iniciar os cálculos para o reajuste na segunda quinzena deste mês. Dálmaz diz que ainda não é possível precisar um índice para o reajuste. “Temos uma fórmula para estabelecer o reajuste. Mas é algo complexo. Não dá para chutar um valor agora.” O diretor do DER também explica que, no caso de consenso entre atual governo e equipe de transição, o DRE poderia “segurar” o reajuste.

Opiniões

Entre os transportadores do Estado, as declarações do governa dor eleito Roberto Requião de que os contratos com as concessionárias seriam revistos reforçam ainda mais um pedido de entendimento com o governo Lerner. “Seria uma medida de bom senso. Estamos em um período de transição e é mais prudente deixar essa decisão para o governo que assume em janeiro”, argumenta o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas no Estado do Paraná (Setcepar), Rui Chicella.

Uma das principais queixas do sindicato é quanto ao início da cobrança de pedágio na Rodovia do Xisto (BR-476), entre Araucária e Lapa, e pela PR- 427, entre Lapa e Porto Amazonas. A concessionária responsável pelo trecho de 83,8 quilômetros seria a Caminhos do Paraná, que cobraria cerca de R$ 3,60 pela tarifa. A rodovia passaria a ser pedagiada em maio de 2003.

Posição

O chefe da equipe de transição, deputado Orlando Pessuti, diz que o pedido de adiamento do reajuste já foi feito para o atual governo. “Eles alegaram que

tem um compromisso contratual com as concessionárias. Mas esse compromisso não os impediu de baixar os preços em outras ocasiões”, disse. Segundo Pessuti, os contratos serão revistos assim que o governo Requião tomar posse.

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