Acordo evita fechamento do Terminal Maracanã

A Coordenação da Região Metropolitana (Comec) e a Urbanização de Curitiba (Urbs) chegaram a um acordo, ontem, com relação ao Terminal Maracanã, em Colombo. A Comec se comprometeu a não fechar o terminal na próxima segunda-feira, conforme havia anunciado esta semana. A condição é que a Urbs apresente um plano operacional para o Terminal Guaraituba, que deve absorver parte da demanda do Terminal Maracanã durante o período de obras, motivo pelo qual o local seria fechado.

De acordo com o presidente da Urbs, Paulo Schmidt, o plano de operação será traçado e apresentado publicamente, tanto à Comec quanto à população. ?A gente precisa operar o terminal, mas ainda temos de verificar o que será feito dos acessos e quanto a operação custará para o sistema?, disse. A Estrada da Ribeira, que dá acesso ao Guaraituba, está em obras e, com isso, a entrada dos ônibus comprometeria a segurança viária no local.

Com relação aos custos, a Urbs estima que a operação do novo terminal custará mais R$ 340 mil por mês ao sistema de transporte, recursos estes que ainda necessitam da definição de uma fonte financiadora. ?Além disso, teremos de verificar os efeitos disso para o transporte urbano de Curitiba, já que vamos sobrecarregar alguns terminais com a colocação de novas linhas?, explicita Schmidt.

Embora o presidente da Urbs prefira não falar em quanto tempo esse plano deve ficar pronto, segundo o coordenador da Comec, Alcidino Pereira, a reunião de ontem teria definido que a apresentação do mesmo teria um prazo de dez dias. Segundo ele, estaria inclusive condicionado ao cumprimento deste tempo a garantia do não fechamento do terminal Maracanã. ?Deverá ser formalizado amanhã (hoje), por escrito, o acordo prevendo que dentro de dez dias a Urbs concluirá o plano operacional para o terminal do Guaraituba. Estamos na dependência do cumprimento desse acordo para evitar que se postergue ainda mais o início das operações no terminal e, assim, possamos terminar as obras no Maracanã?, afirma.

O coordenador enfatiza que espera a transferência de pelo menos 40% da demanda do Terminal Maracanã para o Guaraituba, de forma que seja permitido fazer as obras de concretagem de acesso dos ônibus sem ter de interditar por completo o terminal.

A reunião de ontem teve a participação de Paulo Schmidt e da diretora-presidente da Comec, Maria Letizia Jimenez Abbate Fiala. A decisão da Comec de não fechar o terminal pode ter sido motivada ainda pela pressão exercida pela Prefeitura de Colombo, que já preparava uma ação judicial para tentar impedir o fechamento do terminal.

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