Depois dos 14 casos de dengue registrados no assentamento Novo Amparo II, em Londrina, no início desta semana, a Secretaria Estadual de Saúde informou que, em parceria com a prefeitura da cidade, tomou as providências para que nenhum outro caso aconteça no local. Em 2002 cerca de 400 pessoas tiveram dengue em Londrina e mais de 5 mil em todo o Paraná.
Nos terrenos do Novo Amparo II foram encontradas grandes quantidades de lixo. Segundo Rosilene Machado, diretora da Regional da Saúde em Londrina, o local não recebe o serviço de coleta de lixo e água encanada por não ser legalizado. Ela informou que os responsáveis já foram acionados e considera que a chance de surgir novos casos no assentamento é pequena.
Por enquanto as medidas são orientar os moradores e aplicar inseticida. “No Novo Amparo, teoricamente, não há maiores preocupações por estar distante de outros bairros”, conta Rosilene. “Mas a dengue apresenta riscos em todo lugar, principalmente com as chuvas”, alerta. O verão é a fase de maior incidência por causa do calor e das fortes chuvas, o que cria a condição ideal para o desenvolvimento da larva e do mosquito.
Preocupantes
Para o médico Antônio Carlos Setti, diretor da Secretaria Estadual de Saúde, as regiões de Londrina, Maringá e Foz do Iguaçu são as que mais preocupam por registrarem muitos casos. Em Foz, 1456 pessoas tiveram dengue; Maringá, 457; Sarandi (região de Maringá), 594. O Noroeste e o Norte do Estado também preocupam por causa das divisas com Mato Grosso do Sul e São Paulo, respectivamente. De acordo com Setti, o prevenção é feita desde o começo do ano. O Estado treinou agentes comunitários e médicos e também forneceu veículos e recursos para a compra de materiais e confecção de panfletos.