Ações para conter algas nos mananciais

A Bacia do Iraí, na Grande Curitiba, está passando por ações de recuperação com o objetivo de reduzir o processo de eutrofização das águas, que é o acúmulo de substâncias orgânicas. O excesso de dejetos de esgotos domésticos e industriais e o processo erosivo são os principais agentes de eutrofização, que promove diretamente o aumento de algas nos mananciais.

?Em curto prazo, o excesso de algas provoca apenas mudança na coloração da água e no cheiro dela, não sendo necessário o corte no abastecimento. Mas sem as providências que estão sendo tomadas, em longo prazo a qualidade da água poderia ser comprometida?, explicou Maria Arlete Rosa, diretora de Meio Ambiente e Ação Social da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar).

Cientes da necessidade de prevenção para evitar um comprometimento futuro da qualidade da água, pesquisadores das mais diversas áreas se envolveram desde 2002 no Projeto Interdisciplinar de Pesquisa em Eutrofização de Águas de Abastecimento Público. Parte dos resultados das pesquisas estão no livro Gestão Integrada de Mananciais de Abastecimento Eutrofizados, lançado ontem, no Canal da Música, em Curitiba. O livro foi editado por Cleverson V. Andreoli e Charles Carneiro.

Além de um estudo aprofundado do problema, a obra traz os trabalhos que estão sendo feitos para conter o processo. Após um estudo geológico e ambiental, traçou-se o plano de reimplantação da vegetação original da região nas cabeceiras do manancial, com o intuito de barrar o processo de erosão. Em outra frente, foi feito um trabalho de redirecionamento de alguns canais de esgotos e está sendo instalada uma cerca de 9km de comprimento ao redor do manancial.

?O trabalho é referência nacional e internacional?, explica Maria Arlete.

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