Cerca de 186 mil pessoas no mundo morrem anualmente vítimas de linfoma, um tipo de câncer no sistema linfático (responsável pela defesa natural do organismo contra infecções). Segundo um levantamento realizado pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer, 350 mil novos casos da doença são diagnosticados a cada ano.
Para alertar a população sobre o problema e incentivar o diagnóstico precoce, integrantes da Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale) promoveram, ontem, uma série de ações no Parque Barigüi, em Curitiba. Durante todo o dia, médicos ficaram à disposição para esclarecer dúvidas e orientar as pessoas.
?Só no Brasil, uma média de nove pessoas morrem por dia em função de câncer no sistema linfático. Porém, a doença tem altas chances de cura quando diagnosticada em fase inicial. Existem quarenta tipos de linfomas. Alguns são considerados de desenvolvimento mais lento e outros de desenvolvimento mais agressivo?, explica o médico hematologista Bernardo Garicochea.
O linfoma tem como sintoma mais comum o aumento dos gânglios linfáticos (denominados linfonodos) presentes nas regiões do pescoço, axilas, abdômen, virilha e mediastino (região localizada entre os pulmões e o coração). ?Muitas vezes o aumento dos gânglios não é nada. Porém, se o inchaço persistir por mais de uma semana ou começar a crescer, é indicado procurar um médico.? Outros sintomas do câncer são febre, suor noturno, perda de peso e coceira.
A doença costuma ser mais comum em homens na faixa etária entre 15 e 19 anos, mas pode atingir pessoas de ambos os sexos e todas as idades. O tratamento envolve quimioterapia, radioterapia e uso de anticorpos monoclonais (medicamentos que atacam especificamente as células malignas, não afetando as sadias).
Ainda não existe prevenção para o câncer no sistema linfático. Porém, hábitos saudáveis – como fazer exercícios físicos, não fumar, evitar bebidas alcoólicas e manter uma alimentação balanceada – podem ajudar para que os pacientes tenham uma melhor recuperação. O tempo de cura do problema varia de caso para caso.
Serviço – Quem quiser saber mais sobre a doença: www.abrale.org.br, ou tirar dúvidas através do número 0800 7739973.