Dois acidentes que ocorreram ontem em rodovias estaduais mobilizaram os técnicos do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) para a coleta de amostras e análise da possibilidade de contaminação dos rios atingidos pelas cargas dos veículos. Os funcionários do órgão estadual paralisaram o trabalho nos locais no final da tarde, e devem prosseguir hoje pela manhã.
O primeiro incidente ocorreu às 10h na PR-151, Km 290, em Castro, na região dos Campos Gerais. Um caminhão da transportadora Saratoga Engenharia e Transportadora Ltda., de Araucária, derrubou um dos sacos de uréia da empresa Ultrafértil. O veículo carregava 8 big bags (sacos de uréia) e um deles caiu na rodovia.
A uréia é um nutriente em grãos utilizado na lavoura, mas que derrubado em grandes quantidades nos rios pode causar mortandade de peixes. De acordo com a assessoria do IAP, no momento da queda, o saco se rompeu e 750kg do material caíram no Rio São Cristovão, que abastece a cidade.
O material caiu 300 metros abaixo do centro de captação da Sanepar em Castro, não havendo o risco de contaminação da água utilizada pela população. Mesmo assim, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, o instituto e a Sanepar colheram amostras da água para fazer uma análise mais completa. Cada saco de uréia tem aproximadamente 1.500 quilos.
O segundo acidente foi registrado às 15h40, na região Norte do Estado. Nas proximidades do município de Nova Londrina, na PR-569, um caminhão que transportava óleo (os técnicos ainda não haviam informado se era vegetal ou diesel), tombou, e o líquido atingiu o Ribeirão Tigre. Uma equipe do escritório regional do IAP se encaminhou até o local para fazer as primeiras avaliações sobre o acidente. O IAP também informou que o ribeirão não é manancial e, portanto, não abastece nenhuma cidade da região.
Vazamento
Neste ano, já aconteceram outros cinco acidentes com caminhões que causaram vazamento de carga e conseqüente contaminação de rios. O último foi no dia 27 de maio, com um caminhão que transportava óleo vegetal. O veículo tombou no km 26 da BR-277, na região de Morretes, e despejou cerca de 17 mil litros do líquido no Rio Sagrado 2.
