A diretora geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Magda Chambriard, disse ontem que o país terá de aumentar as importações de diesel em razão da explosão ocorrida há menos de duas semanas na refinaria Presidente Getúlio Vargar (Repar), pertencente a Petrobras em Araucária, Região Metropolitana de Curitiba (RMC). “Não fiz as contas de quanto será importado a mais. Certamente vai ser importado mais um pouco”, disse Magda.
A explosão foi provocada, segundo o Sindicato dos Petroleiros do Paraná e Santa Catarina (Sindipetro), pelo rompimento de uma tubulação na unidade U-2100, de destilação de petróleo. Era uma das maiores unidades da refinaria.
De acordo com o sindicato, o local foi bastante comprometido: houve danos estruturais e o calor do fogo chegou a entortar vigas de sustentação de equipamentos e dutos. Parte do petróleo vazou para a unidade de tratamento de descartes industriais da refinaria.
Segundo Magda, na segunda-feira (9) a ANP determinou que um duto utilizado para transporte de óleo cru fosse usado para deslocar o diesel importado. A medida, segundo ela, viabiliza e dá agilidade à importação, de forma que não haverá descontinuidade ou problemas de abastecimento na região Sul. “A parte da mudança nos contratos [de importação] é bem mais simples, porque esses contratos já têm certa flexibilidade”, explicou.
O duto indicado pela agência para transportar o diesel já deve estar funcionando a partir de hoje. A Petrobras, apesar de procurada diversas vezes pela reportagem, não esclareceu os detalhes do incidente. Mas nas notas enviadas à redação informou que não houve explosão, mas sim fogo na unidade, e não há risco de desabastecimento de combustíveis.
Apesar disso, já há notícias de que o governo raciona a distribuição do diesel na região Sul para evitar a escassez do combustível.