Acidente em parque de diversões em Castro gera preocupação

O acidente em um parque de diversões no município de Castro, nos Campos Gerais, ocorrido no último final de semana, trouxe à tona uma antiga preocupação: a segurança dos brinquedos em parques itinerantes.

Após o acidente, órgãos fiscalizadores passaram a alertar proprietários e responsáveis sobre as estruturas, além de chamar a atenção dos usuários dos brinquedos.

No domingo, cinco jovens entre 12 e 18 anos ficaram feridos depois que o brinquedo onde se divertiam, chamado “kamikaze”, partiu-se ao meio. Uma das vítimas, um adolescente de 15 anos, continua internado em estado grave no Hospital Bom Jesus, em Ponta Grossa.

De acordo com a polícia civil em Castro, cada brinquedo do parque – que fazia parte de um evento comemorativo ao aniversário da cidade – pertencia a um dono diferente.

Além de vítimas e testemunhas, a polícia ouviu o proprietário do brinquedo que quebrou. Segundo ele, a fabricação do brinquedo foi artesanal, feita por ele mesmo. O organizador do parque era quem providenciaria a autorização para que os brinquedos funcionassem.

O responsável pelo parque, que deve se apresentar semana que vem à polícia, terá de explicar por que o local não foi vistoriado pelo Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Paraná (Crea-PR) e pelo Corpo de Bombeiros, já que ambos confirmaram inexistir documentos que comprovem o aval de profissionais de engenharia.

“Esses brinquedos não têm ART (Anotação de Responsabilidade Técnica), ou seja, foram instalados sem a vistoria de um profissional da área que pudesse se responsabilizar pela estrutura”, afirma o gerente regional do Crea-PR em Ponta Grossa, Vander Moreno. No caso de parques itinerantes, Moreno explica que a ART precisa ser renovada cada vez que a estrutura for transferida de local.

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